De 22 a 30 de agosto, o mundo do atletismo reuniu-se em Pequim, na China, para a 15ª edição do Campeonato Mundial de Atletismo e a prestação dos países africanos foi histórica. O Quénia classificou-se em primeiro lugar com sete medalhas de ouro, seis de prata e três de bronze, quebrando a hegemonia dos Estados Unidos da América, que desta feita não conseguiu melhor do que o terceiro lugar na classificação geral, ficando também atrás da Jamaica.
As provas onde os atletas africanos mais se destacaram foram as de meio fundo e de fundo com as vitórias do queniano Asbel Kiprop nos 1.500 metros masculinos; da etíope Almaz Ayana nos 5000 metros femininos, ladeada no pódio pelas suas conterrâneas Senbere Teferi e Genzebe Dibaba; da também etíope Mare Dibaba na maratona feminina e da queniana Hyvin Kiyeng Jepkemoi nos três mil metro obstáculos.
Já o sul-africano Wayde Van Niekerk foi o primeiro campeão mundial dos 400 metros proveniente da África. Do Quénia veio também Juius Yego que ganhou o ouro no lançamento do dardo com a terceira melhor marca de sempre.
A única medalha ganha por Portugal também tem sangue africano, pois o atleta Nelson Évora, que conseguiu o bronze na prova de triplo salto, nasceu em Costa do Marfim e é filho de pai cabo-verdiano e mãe costa-marfinense.