A Revista Mulher Africana falou com Sandra Bravo da Rosa após o desfile no Lisboa Design Show.
MA (Mulher Africana) - Como surgiu a ideia de criar a Joan Auguni em Portugal?
SR (Sandra Bravo da Rosa) - A ideia surgiu numa altura, em que percebi que iria viver em Portugal, e que tinha que fazer algo que realmente me dava prazer, ou seja em 2009. Mais tarde em 2014 é que fiz o registo da marca. A ideia de ter uma marca própria, já vem de muito tempo atrás, desde que era muito jovem, nos meus 12/13 anos, altura em que desenhei o meu próprio vestido e foi feito num Atelier de alta Costura em Luanda. Com o decorrer dos anos, a ideia foi ficando mais fixa, até que consegui concretizar o meu sonho.
MA - Quais foram as principais dificuldades que encontrou?
SR - Foram imensas, desde a procura dos materiais , o local de confecção das peças e até o local de venda. Inicialmente comecei por vender em casa, e a confeccionar em ateliês e fábricas, mas eu e o meu marido, vimos a necessidade de eu ter o meu próprio Atelier, para a venda das minhas peças. Hoje posso dizer que o processo, está pra mim, mais facilitado entre aspas, pois já sei onde ir buscar o material para a confecção , já tenho a minha própria costureira , e o meu próprio atelier. Como faço a roupa por medida, não preciso por enquanto de muita coisa, mas as coisas estão a correr tão bem, que irei precisar no futuro de ter um grande Atelier, para conseguir dar resposta aos meus clientes.
MA - Há quanto tempo tem o Atelier no Parque das Nações aberto?
SR - No dia 11 de Julho de 2016 o Atelier abriu apenas com marcações, mas desde 19 de Setembro que tem as portas abertas das 9h-18h.
SR - No dia 11 de Julho de 2016 o Atelier abriu apenas com marcações, mas desde 19 de Setembro que tem as portas abertas das 9h-18h.
MA - Como tem sido a aceitação da parte do público português?
SR - A aceitação tem sido muito boa, tanto no público português como o estrangeiro. Não me posso queixar, tenho muito bons clientes , muitos deles são pessoas que seguem o meu trabalho nas redes sociais e uma outra parte são amigos.
MA - Que colecção apresentou no Lisboa Design Show?
SR - Foi uma colecção inspirada em África. África é um continente cheio de cores e luz, e foi isso que quis transmitir no meu desfile, e foi muito aplaudido, quem assistiu disse isso mesmo, que aquelas cores, deram vida à passerelle.
MA - Como surgiu a oportunidade de estar no Lisboa Design Show?
SR - A responsável do Lisboa Design Show, Dália Palma, foi quem me convidou. Ela conhece o meu trabalho, fez-me o convite e eu aceitei, foi uma forma de divulgar mais o meu trabalho.
MA - Qual é a mensagem que gostaria de deixar as jovens que queiram seguir o seu sonho no mundo da moda?
SR - Que não desistam, não é fácil, mas não é impossível chegar até onde queremos ir.
Existe muito trabalho por detrás do sucesso, existem muitas lágrimas e decepções, mas nada é impossível , temos que ser perseverantes naquilo que queremos atingir. Seguir sempre em frente é o melhor lema.