A vitória da Beatriz depende de nós Todos os meses nos desdobramos para levar até si o melhor. O melhor de África, o melhor das mulheres africanas, o melhor do Mundo. É nosso desejo que cada página da Revista Mulher Africana que folheia lhe preencha o coração e lhe alimente a alma. As novidades, os conselhos, as dicas, as conversas com mulheres, espalhadas um pouco por todo o mundo, que conhecidas ou anónimas nos transportam para as suas lutas, para as suas dificuldades, para os seus sucessos.
No seu mundo, trazem até nós o melhor de si, o mais sensato, as mais vividas experiências. São as mulheres que fazem do Mundo, um lugar melhor, mas seguro e mágico. São elas que nos agarram as mãos, seguram no colo e dizem: “Vai ficar tudo bem”. Respiramos fundo e acreditamos nas sábias palavras das nossas mães, das nossas tias, das nossas avós. Surpreendentemente sabem sempre o que dizer, na altura certa, naquele momento em que as nossas pernas se quebram e os nossos braços teimam em baixar-se, mas que nunca permitem que nos curvemos perante as dificuldades, sejam elas de que natureza forem.
Hoje trago a história da Beatriz Vitória. 5 anos. Tem uma doença chamada leucemia mioloide aguda (LMA). Cancro. Apesar dos tratamentos que já fez, precisa de um transplante de medula que continua por aparecer. Só o transplante lhe poderá dar a oportunidade de crescer, saudável e feliz. Ser, amanhã mais uma de tantas mulheres que aqui celebramos todos os meses. Eu quero que ela seja capa da nossa revista. Que cresça generosa e que saiba valorizar a importância da partilha, da solidariedade, do pensar nos outros, no fazer o bem! E no bem dela e de tantas outras meninas e meninos, mulheres, homens, que precisam da nossa ajuda e da nossa solidariedade que aqui escrevo estas palavras.
Não basta dizer que sentimos muito uns pelos outros, temos de agir, ajudar, partilhar, pedir, concretizar, fazer acontecer. Hoje. Sempre. Dar para receber “Chegou a hora de pedir a vossa ajuda. A Beatriz está a lutar contra uma leucemia que infelizmente não desapareceu completamente com os 2 primeiros ciclos de quimioterapia (no final do 2º ciclo deveria ter menos de 0.1% de blastos e ainda tinha 1.6%). Por isso vamos precisar complementar o tratamento com um transplante de medula óssea.
O processo já foi encaminhado para a Unidade de transplantação, mas ainda não sabemos se há algum dador compatível. Enquanto isso, queremos pedir a todas as pessoas que ainda não são dadores de medula a inscreverem-se. Precisamos aumentar as chances de encontrar um dador para a Beatriz, para o Artur e para todas as pessoas que se encontram nesta situação. Ajude doando ou partilhando a informação.
Esta iniciativa serve para todos nós e para os nossos.
Não adie, cada minuto conta!
*Para dar sangue e inscrever-se como dador de medula óssea pode dirigir-se a um hospital, unidade móvel de doação de sangue.
Por Rita Simões