A sugestão de leitura desta semana da Revista Mulher Africana traz uma proposta subjacente do poder da decisão dentro da sociedade, das cedências, do
desespero, do amor, alegria e tristeza, contada por via da imaginação.
O livro “O meu colar de pérolas”, de Karen Pacheco, lançado em 2019, narra a história de cinco mulheres que enfrentam situações difíceis, devido a escolhas feitas no passado, mas com o desenrolar do tempo demonstram a linha ténue entre o saber escolher a longo prazo e o escolher a curto prazo em busca de felicidade prematura ou a sorte de, no imediatismo, se alcançar o desejado, ainda ensinar que no meio de tudo isto existe o saber escolher que deriva de pensamento e sensatez.
Este romance passa uma mensagem de força, perseverança, reflexão, motivação a quem lê, pois, mais cedo ou mais tarde, todos iremos exteriorizar a nossa força de acordo ao que sentimos, visto que a vida é feita não só de escolhas, como também de sentimentos e sensações.
Na semana passada, uma notícia publicada no Jornal de Angola dava conta da escritora angolana Karen Pacheco como actual assessora da editora portuguesa Mahatma, passando assim a representar os autores dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) naquela instituição.
O feito representa mais um passo na carreira da jovem escritora, ansiosa para corresponder às expectativas da editora, durante o mandato de dois anos. “É com bastante satisfação que aceito o desafio”, disse.
Ainda no mesmo jornal, lê-se, durante o período de vigência do contrato, explicou, vai ter a função de promover o intercâmbio cultural e literário e fazer o acompanhamento do movimento literário, principalmente entre os jovens criadores dos PALOP.
“Com a experiência obtida durante o processo de edição do livro ‘O Meu Colar de Pérolas’, apresentado em Lisboa, o ano passado, e os conselhos recebidos da Vivência Editora, espero conseguir estar à altura dos desafios”, adiantou, acrescentando que já tem acompanhado alguns jovens autores.
Até ao momento, revelou, já foram feitos mais de cinco mil downloads do livro, disponibilizado de forma gratuita nas redes sociais, no âmbito da celebração do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, a 23 de Abril. “Essa recepção positiva é um feito que leva qualquer um a continuar a escrever e a acreditar que ainda existe um público leitor, ávido por bons livros”, destacou.