É um espetáculo de dança contemporânea, que emerge da necessidade de o ser humano procurar o enraizamento na mãe terra dada a ansiedade em que vivemos, na procura constante da mudança, sem se preocupar no impacto que isso tem na Natureza.
O pessimismo disparou. Para contrariar este cenário, chegou a altura de repensar as origens básicas da felicidade nas nossas vidas. A implacável procura de rendimentos mais elevados está a provocar uma desigualdade e ansiedade, distanciando-se da mãe terra e dos valores base da humanidade, em vez de mais coneção com a mãe terra de gerar mais felicidade entre a humanidade.
A felicidade é alcançada através de uma estratégia equilibrada perante a vida, tanto dos indivíduos como das sociedades. Como indivíduos, somos infelizes se nos forem negadas as nossas necessidades básicas. Mas, também somos infelizes se a nossa busca por maiores rendimentos substituir a nossa dedicação à família, aos amigos, à comunidade, e a compaixão e equilíbrio interno.
CONCEÇÃO CÉNICA:
A peça foi desenhada para onze intérpretes e ser apresentada em estruturas como palcos convencionais.
O cenário são as cabaças, lençois, cordas, velas, guarda-chuvas, cadeiras, imagens e vídeos projectados ao longo do espectáculo.
A música do espetáculo inspira-se num universo vasto, desde Mantras, música tradicional africana, indígena e outros ritmos mais alternativos. Parte da estrutura sonora da peça é executada pelos intérpretes a partir de objetos: vozes e cabaças.
Os temas enquadram-se em três tempos. – O tempo do corpo, da alma e do próprio silêncio, que é a ponte entre os dois primeiros tempos. Sendo que, à partida, cada um dos tempos nos possa ser sugerido como diferenciado, no decorrer do espetáculo, estes sobrepõem-se.
Coreografia: Kwenda Lima
Intérpretes: Rafaela Gomes, Marta Portugal, Sofia Jorge, Andrea Coelho, Alexandra Abelha, Kwenda Lima
Edição música: Kwenda Lima
Figurinos e adereços: Kwenda Lima e Elenco
Desenho de luz: Leocadia Silva
Cenografia: Kwenda Lima
Edição vídeos: Kwenda Lima