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Mulheres são-tomenses lutam pela igualdade de género

O Dia da Mulher São Tomense, 19 de Setembro, foi comemorado em Lisboa com o I Congresso e Gala da Mulher de São Tomé e Príncipe organizado pela Mén Non, Associação das Mulheres de São Tomé e Príncipe em Portugal.

Há 40 anos que o dia 19 de Setembro celebra as mulheres são-tomenses, mas as desigualdades entre o sexo masculino e o feminino mantêm-se. Este ano, a Mén Non, Associação das Mulheres de São Tomé e Príncipe em Portugal, decidiu comemorar o dia com um congresso e uma gala, na Casa Pia de Belém, em Lisboa, tendo como mote o tema Reflexão sobre as Mulheres de S. Tomé e Príncipe.

“Passados 40 anos, continua a ser necessário reflectirmos sobre a mulher são-tomense e sobre o que todas queremos e precisamos. Durante este dia, houve partilha de ideias, falamos de temas que afectam as mulheres de São Tomé e Príncipe, como o empobrecimento da família, a poligamia e o envelhecimento”, explicou Maria Maomé Smith, presidente da Mén Non, que neste diz fez também cinco anos. Para Juta Cravid da Silva, também da Mém Non, “é importante falar-se da igualdade de géneros e da violência doméstica e temos de começar pelos mais jovens. Temos de educar os adultos, mas também as crianças para que a realidade mude de uma vez por todas”. Ideia semelhante tem Fátima Ilidacolina Vera Cruz, outra das vozes da Mém Non: “Este dia serve de alerta a todas as mulheres, temos de estar unidas, trabalhar em equipa e valorizarmos o facto de sermos mulheres”.


Maria Maomé Smith com Luís Guilherme de Oliveira Viegas, embaixador de São Tomé e Príncipe

Uma noite de gala
À noite, os debates e workshops deram lugar a uma gala, na qual se pretendeu, de acordo com Juta Cravid da Silva, “homenagear a mulher e a beleza são-tomense e angariar fundos para que a Mém Non possa continuar a fazer o seu trabalho em prol das mulheres”. A gala começou com o hino da Mém Non, cantado pela cantora Cremilde, e continuou com um jantar africano, onde não faltou o famoso calulu de peixe. Coube ao músico Filipe Santo e ao Batuque da Associação de Mulheres Cabo-Verdianas na Diáspora em Portugal animar as hostes. Houve ainda um desfile de moda dos estilistas Paula Ceita e Roselyn Silva, que mostraram como os tecidos africanos podem ser usados em peças de roupa muito actuais.
O Embaixador de São Tomé e Príncipe Luís Guilherme de Oliveira Viegas foi uma das presenças mais notadas na gala e disse à nossa revista que “comemorar este dia é de extrema importância.” “As mulheres são a base da família são-tomense, são autênticas heroínas, no entanto, a igualdade de géneros ainda está longe. Já se conseguiram muitas conquistas pela emancipação feminina, mas é uma luta que tem de manter-se, até porque as mulheres continuam a sofrer mais com a pobreza que os homens e cabe a todos nós mudar isso”, concluiu.


Hino da Mém Non, cantado pela cantora Cremilde



Músico Filipe Santo


                            
Desfile de moda

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